Uma pesquisa mostra dados preocupantes sobre o número de bactérias resistentes a antibióticos encontradas no Ribeirão Cafezal, que abastece parte de Londrina e Cambé (16 km de Londrina). O trabalho é realizado há dois anos em toda a extensão do manancial, que tem sua nascente no município de Rolândia (24 km de Londrina).
O estudo é feito através de uma parceria entre a Universidade Tecnológica Federal do Estado do Paraná (UTFPR) do campus Londrina, secretarias estadual e municipal do Ambiente e ONG Ecometrópole. A coordenadora é a doutora em Biologia Celular e Molecular, Luciana Maia.
“A gente encontrou a presença de patógenos (micro-organismos que podem ocasionar doenças) na água, inclusive que podem causar diarreia na população. Não é só uma questão de qualidade, é uma questão de saúde pública”, disse à rádio Paiquerê AM.
Os testes mostram que as bactérias e o protozoário encontrados são resistentes aos antibióticos clínicos, usados para conter infecções no corpo humano. Parte desses micro-organismos podem ser frutos de fezes de animais nas águas ou de esgoto clandestino.
Segundo Luciana, vários problemas ambientais foram detectados na observação do manancial, como lixo na cidade de Londrina, assoreamento, restos de construção civil e animais pastando nas proximidades. A pesquisadora alerta para a necessidade da ajuda da população no cuidado com o Ribeirão Cafezal.
“Isso é uma falta de conservação da população, denunciar se alguém está jogando lixo ou alguns sítios no entorno do leito estão desmatando para fazer pasto. Esse é um trabalho que a gente tem que fazer em conjunto”, colocou à rádio Paiquerê AM.
Fonte: O Diário