Os integrantes do Movimento Por Amor a Londrina querem realizar uma audiência pública na Câmara Municipal para pedir o fim do pedágio no Estado do Paraná. A partir deste sábado (9), eles também dão início a coleta de assinaturas para um abaixo-assinado com a mesma finalidade. O documento deve ser entregue ao governador Beto Richa (PSDB) e demais autoridades do Estado nos próximos dias.
Segundo o advogado Jorge Custódio, o protesto de sábado deve colocar uma cancela no Calçadão de Londrina, a partir das 9h, para simbolizar o abuso sofrido pelos motoristas paranaenses, que são obrigados a pagar altas taxas nas rodovias.
“Queremos discutir sobre o pedágio nas cidades da região, como Arapongas, Uraí, Bela Vista do Paraíso, Cambé, por exemplo. Queremos o máximo de assinaturas e não estipulamos uma meta. Mas vamos trabalhar com caminhoneiros, com as pessoas que em geral estão insatisfeitas com a atual situação”, declarou.
Ele apontou que as informações do dossiê confeccionado pelo deputado estadual Cleiton Kielse (PEN) chegaram ao conhecimento do Por Amor a Londrina. De acordo com o documento, as concessionárias dos pedágios do Paraná arrecadaram, somente em 2012, R$ 1,960 bilhão. O dossiê revela que 83% desse valor representa o lucro final das empresas. “Os investimento de fato foram poucos”, comentou.
Custódio ainda lembrou que os Tribunais de Contas da União e do próprio Estado do Paraná apontaram para a redução dos valores cobrados nas praças de até 22%. No entanto, o governo estadual foi na contramão da recomendação e reajustou os valores no final do ano passado. Ele exemplificou citando o pedágio de Jataizinho, que custa cerca de R$ 13.
“A gente percebe que há muitos buracos nas pistas, não tem terceira pista suficiente e que o tráfego ficou complicado por conta do aumento no número de veículos na cidade de Londrina. As concessionárias não atendem os interesses públicos”, reforçou.
Ele também destacou o apoio do deputado estadual Tercílio Turini (PPS) à causa. O deputado deve encaminhar a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) um projeto de lei pedindo a criação de um pedagiômetro, que contabilizaria, em tempo real, o que é arrecadado pelas empresas, possibilitando maior fiscalização da população.
“Nós ainda defendemos a ideia que o governo do Estado é quem deve cuidar das estradas. Largar na mão do setor privado não está dando certo. Não estamos vendo retorno dos investimentos”, declarou Custódio.
Fonte: O Diário
