Os funcionários da Câmara de Vereadores de Londrina, no Estado do Paraná, estão aumentando os seus salários de acordo com cursos que eles frequentam. Eles aprovaram um projeto que prevê ganhos salariais após cem horas de qualquer tipo de curso: até de oratória e de administração do medo.
Os próprios vereadores de Londrina, no Paraná, aprovaram a medida que permite o uso dos certificados para engordar os contra-cheques dos servidores. Depois disso apareceu de tudo na ficha deles: oratória, agente da própria aprendizagem, como vencer uma campanha eleitoral, espanhol para viagens, motivação no emprego na cidade de Londrina, administrando o próprio medo. Pelas regras, 100 horas de aulas garantem aumentos que variam de 2,5% a 10,4%.
A Câmara de Londrina tem 55 servidores de carreira, metade recebe o teto, pouco mais de R$ 13 mil por mês, mesmo salário do presidente da casa. Mas nem o setor de pessoal nem a Associação dos Servidores informam quantos e quais foram beneficiados com a medida.
“A Câmara só trabalha e sempre trabalhou com o que foi aprovado pelos próprios vereadores, isso é legal”, diz o presidente da Associação dos Servidores, Leopoldo Sobrinho.
O presidente da Câmara de Londrina, Rony Alves, anunciou um pente-fino nas fichas dos servidores. Quer saber quem conseguiu aumento de salário com esses certificados e qual o impacto dos aumentos contas da casa. Também vai propor o fim do benefício, que considera legal mais imoral.
“Não posso chamar de moral um plano de cargos e salários que me permite fazer curso que não tem qualquer relação com o trabalho que eu presto aqui dentro. Isso me faz ter um ganho meu salário”, fala Alves.
Fonte: G1